segunda-feira, 9 de junho de 2008

Brincadeiras cantadas: educação e ludicidade na cultura do corpo


Devemos sempre estar refletindo sobre a importância do "brincar", destacando as brincadeiras cantadas que fornecem elementos pedagógicos para o desenvolvimento das práticas educacionais, seja dos educadores ou educandos.
Partindo de referenciais teóricos que investigam o universo da criança e de experiências no campo pedagógico, é que as brincadeiras cantadas são aqui tratadas como formas lúdicas de brincar com o corpo a partir da relação estabelecida entre movimento corporal e expressão vocal, seja na forma de músicas, frases, palavras ou sílabas ritmadas, integrando a cultura popular ou fazendo parte das criações contemporâneas.
O trato com este conhecimento, levando-se em consideração a criança em suas condições sociais, capacidades de movimento, autonomia e produção cultural, pode contribuir para a compreensão da multiplicidade cultural do universo lúdico infantil, bem como para a valorização do "brincar" no processo educativo.
Muitas brincadeiras cantadas podem ser caracterizadas como formas de expressão do corpo que integram o folclore, especialmente o infantil, sendo representadas pela associação de musicalidade e movimento. Escravos de Jó, Terezinha de Jesus, Marcha soldado, Capelinha de melão e Ciranda-cirandinha são algumas cantigas que, associadas a formas diferenciadas do "movimentar-se", caracterizam-se como brincadeiras cantadas de importante contribuição educacional.
Porém, não se pode esquecer que a brincadeira também permite transcender a realidade imediata, haja vista a presença, mesmo que minoritária, de outras realidades sociais que estabelecem intercâmbio com aquela na qual a criança vive.

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